quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Génios da literatura
Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...) Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal. Morte à morte! Guerra à guerra! Viva a vida! Ódio ao ódio. A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãosVictor Hugo, 1876, a propósito da abolição da pena de morte em Portugal (o primeiro país europeu a fazê-lo)

Victor Hugo nasceu no dia 26 de Fevereiro de 1802, em Besançon, França. Filho de Joseph Hugo e de Sophie Trébuchet, passou a infância em Paris. Estadias em Nápoles e na Espanha acabaram por influenciar profundamente a sua obra. Funda com os seus irmãos em 1819 uma revista, o Conservateur Littéraire (Conservador Literário), que já chama a atenção para o seu talento. No mesmo ano, ganha o concurso da Académie des Jeux Floraux. A sua primeira recolha de poemas, Odes, é publicado em 1822: tem então vinte anos. Mas é com Cromwell, publicado em 1827, que alcançará o sucesso. No prefácio deste drama, opõe-se às convenções clássicas, em especial à unidade de tempo e à unidade de lugar. Tem, até uma idade avançada, diversas amantes, sendo a mais famosa Juliette Drouet, atriz sem talento que lhe dedica a sua vida, e a quem ele escreve numerosos poemas. Ambos passavam juntos o aniversário do seu encontro e preenchiam, nesta ocasião, ano após ano, um caderno comum que nomeavam o Livro do Aniversário. Criado por sua mãe no espírito da monarquia, acaba por se convencer, pouco a pouco, do interesse da democracia. Tendo se tornado favorável a uma democracia liberal e humanitária, é eleito deputado da Segunda República em 1848, e apoia a candidatura do Príncipe Louis-Napoléon, mas exila-se após o golpe de Estado de 2 de Dezembro de 1851, que ele condena vigorosamente por razões morais (Histoire d'un crime). Durante o Segundo Império, em oposição a Napoléon III, vive em exílio em Jersey, Guernsey e Bruxelas. É um dos únicos proscritos a recusar a amnistia decidida algum tempo depois: « Et s'il n'en reste qu'un, je serai celui-là » ("e se sobra apenas um, serei eu")." A morte da sua filha, Leopoldina, deixou-o a tal ponto desamparado que se deixa tentar, na sua lembrança, por experiências espíritas relatadas numa obra estranha nomeada Les tables tournantes de Jersey.De acordo com seu último desejo, é em um caixão humilde que é enterrado no Panthéon. Tendo ficado vários dias exposto sob o Arco do Triunfo, estima-se que 1 milhão de pessoas foram prestar-lhe uma última homenagem. Morreu no dia 22 de Maio de 1885.
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Fonte - WikipédiaEste grande escritor, autor de obras imortais como Os Miseráveis e Nossa Senhora de Paris, foi também artista plástico. Produziu apenas obras em papel, preenchidas com desenhos expontâneos a tinta casrtanha escura e tinta da china preta, por vezes com toques de branco e raramente com cores. Alguns destes desenhos estão em museus franceses ou em colecções particulares. São de pequenas dimensões e, a maior parte, produzidos entre 1850 e 1860.
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“Um Gênio se Despede”
Gabriel García Márquez se retirou da vida pública por razões de saúde: câncer linfático. Agora, parece que é cada vez mais grave. Enviou uma carta de despedida a seus amigos, que graças à Internet está sendo difundida.
Recomendo à vocês a sua leitura porque é verdadeiramente comovedor este curto texto escrito por um dos Latinoamericanos mais brilhantes dos últimos tempos.

“Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marionete de pano e me presenteasse um pedaço de vida, aproveitaria esse tempo o máximo que pudesse”.
Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente pensaría em tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não por aquilo que valem, senão pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais se detivessem, despertaria quando os demais dormissem.
Se Deus me obsequiasse um pedaço de vida, me vestiria de maneira simples, me deitaria de bruços ao sol, deixando descoberto, não somente meu corpo, senão minha alma.
Aos homens eu provaria o quanto equivocados estão ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar!
A uma criança lhe daria asas, mas deixaria que ela aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos lhes ensinaria que a morte não chega com a velhice, senão com o esquecimento.
Tantas coisas eu aprendi de vocês, os homens... Eu aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpada.
Eu aprendi que quando um recém nascido aperta com seu pequeno punho, pela primeira vez, o dedo de seu pai, o têm preso para sempre.
Eu aprendi que um homem só tem direito de olhar a um outro de cima para baixo, quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas coisas as que eu pude aprender de vocês, mas realmente não haverão de servir muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente eu estarei morrendo.
Sempre diga o que sentes e faz o que pensas.
Se soubesse que hoje fosse a última vez que vou te ver dormir, te abraçaria fortemente e rezaria ao Senhor para poder ser o guardião de tua alma.
Se soubesse que estes são os últimos minutos que te vejo diria “te quero” e não assumiria, estupidamente, que você já sabe.